NOTÍCIAS
Justiça de Santa Catarina tem Central para atender vítimas de violência doméstica
02 DE MARçO DE 2023
Tráfico humano, importunação sexual, lesão corporal e violência psicológica são alguns dos casos atendidos pela CEAV nestes seis meses de funcionamento. Ação pioneira do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a CEAV é a Central Especializada em Atendimento às Vítimas de Crimes e de Violência Doméstica e Familiar.
O serviço acolhe, orienta e encaminha as vítimas e seus familiares para a rede de serviços públicos, especialmente os de assistência social, saúde mental e assistência jurídica. Além disso, a CEAV funciona como canal especializado para o recebimento de pedidos de medidas protetivas de urgência por meio do Balcão Virtual. O serviço abrange todas as comarcas do Estado.
Além do Balcão Virtual, o atendimento é feito via WhatsApp, e-mail, telefone e, às vezes, de forma presencial. Foram 58 nos primeiros meses. “Ao longo do tempo, a procura vem crescendo de forma exponencial”, conta a servidora Ivone Ester Vidal Borges.
Recentemente, o Consulado da Argentina pediu orientações à CEAV em um caso que envolvia tráfico humano. No mesmo dia, a vítima foi encaminhada a um abrigo institucional e recebeu apoio jurídico, psicológico e social. Diante dessa agilidade, o Consulado pretende estreitar os laços com a Central – quer apoio para ajudar outros argentinos que estão em Santa Catarina e que foram vítimas de algum crime.
A maioria dos atendimentos se refere à violência doméstica. Nos casos de medida protetiva, por exemplo, a Central peticiona, protocola e está habilitada para ajuizar ações em todo o Estado. A partir daí, depois do atendimento e das orientações, a missão se encerra. “Temos todo o cuidado para não interferir na atividade jurisdicional”, afirma a servidora Ivone Ester Vidal Borges. “Se a pessoa precisar da CEAV depois desta etapa, estaremos à disposição, mas fazemos questão de ensinar, passo a passo, como a vítima pode acompanhar seu processo, num trabalho que dá autonomia e segurança para quem nos procura.”
A CEAV é mais um caminho e, obviamente, não substitui o trabalho feito pelas polícias e pelos demais órgãos de segurança. “Nosso objetivo é fortalecer a rede de apoio e, sob o comando de profissionais das áreas do Direito, da Psicologia e do Serviço Social, ajudar a vítima de forma ágil e eficiente”, explica a juíza Naiara Brancher, cooperadora da Cevid.
Desde o início, a Central estabelece parcerias institucionais, entre elas com o Núcleo Especial de Atendimento a Vítimas de Crimes (NEAVIT), do Ministério Público de Santa Catarina. Outra entidade parceira é a Casa das Anas, unidade de acolhimento para mulheres em situação de violência, mantida pelo governo do Estado. Além disso, a CEAV promove acordos com universidades públicas e privadas para o atendimento jurídico, médico, psicológico e de assistência social, tudo feito de forma gratuita.
The post Justiça de Santa Catarina tem Central para atender vítimas de violência doméstica appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Prédios da Justiça de Santa Catarina vão utilizar energia alternativa solar
20 de dezembro de 2022
A partir de fevereiro de 2023, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) passará a utilizar energia gerada...
Portal CNJ
Audiência de custódia não é obrigação exclusiva de juízes criminais, confirma CNJ
19 de dezembro de 2022
Decisão aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reafirmou que a obrigação de fazer...
Portal CNJ
Rede de Pesquisa: tribunais farão gestão colaborativa de dados do Judiciário
19 de dezembro de 2022
A Rede de Pesquisa Judiciária (RPJ) pretende realizar um trabalho colaborativo juntamente com os Grupos de Pesquisa...
Portal CNJ
Corregedoria Nacional cria grupo para acompanhar retorno ao trabalho presencial na Justiça
19 de dezembro de 2022
Um grupo de trabalho, coordenado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, irá...
Anoreg RS
Novas regras para concursos de tabeliães estão em discussão no Link CNJ
19 de dezembro de 2022
Novas regras para concursos de tabeliães estão em discussão no Link CNJ