NOTÍCIAS
Projeto conecta crianças e adolescentes em situação de acolhimento à literatura
28 DE ABRIL DE 2023
Levar a literatura para crianças e adolescentes em situação de acolhimento no estado de São Paulo é o objetivo do Projeto Leitura Amiga, mais uma iniciativa do Judiciário paulista na garantia de direitos fundamentais. No último mês, o programa retomou as atividades com encontros on-line, que acontecem de segunda a sexta-feira, às 20 horas.
Criado em 2020 pela juíza Marina Freire, da Comarca de Bauru, o projeto consiste na leitura coletiva para meninas e meninos entre 3 e 17 anos, que vivem em casas de acolhimento. Voluntários de todo o Brasil realizam a leitura por videochamadas, o que permite a participação simultânea de diversas unidades do estado. Todas as casas podem participar e, de forma interativa, é estimulado o hábito da leitura, proporcionando um ambiente acolhedor e garantindo a segurança psicológica das crianças e jovens.
A magistrada conta que tudo começou quando percebeu o impacto negativo do isolamento da pandemia nos acolhidos. “No começo, fui atrás dos abrigos por conta própria. Eu lia para as crianças todos os dias, mesmo aos sábados e domingos. Acabou se tornando uma rotina”, diz Marina Freire, que foi juíza da Infância e da Juventude por sete anos. “Percebi que a leitura é um momento mágico e eles gostam muito dessa atenção e acolhimento. O retorno é gratificante.”
Com o auxílio de outros juízes e dos voluntários, o projeto cresceu: atualmente, o Leitura Amiga conta com a adesão de 35 casas de acolhimento e mais de 140 leitores de todo o Brasil. É o caso da professora Gardênia Almeida, da cidade de Imperatriz (MA). “Ser voluntária nos permite vivenciar momentos muito especiais a cada leitura. É instigante e, ao mesmo tempo, prazeroso. Gosto de interagir e proporcionar às crianças acolhidas uma verdadeira viagem pelos livros, criando momentos de alegria e descontração”, conta ela, que se fantasia durante as leituras para ampliar a interação.
Já a sul-matogrossense Paula Coelho, que atualmente vive em São Paulo, atua como mediadora entre abrigos e leitores, utilizando técnicas para fortalecer o diálogo, a empatia e a escuta. Estudante de Psicologia e formada em Recursos Humanos, ela destaca os benefícios que a leitura traz às crianças, como o desenvolvimento da concentração, memória, raciocínio e compreensão, além de proporcionar uma sensação de pertencimento. “Conseguimos fazer com que os pequenos se sintam acolhidos e, muitas vezes, ele se reconhecem nas histórias.
Temos a preocupação de trazer narrativas reais, de superação, histórias da nossa cultura e que ensinem as crianças a se amarem do jeito que são”, conta.
Segundo a juíza Marina Freire, ter voluntários de todo o país é um dos pontos fortes do projeto. “Dessa forma, os jovens podem conhecer outros sotaques e culturas às quais não estão familiarizados. Isso traz a eles uma visão gigantesca do nosso Brasil”, afirma.
Como participar
Casas de acolhimento – Basta preencher o formulário do projeto, disponível na página do Leitura Amiga, e informar dados como nome da instituição, endereço e o contato do profissional encarregado de receber o link para participação nas lives, enviado por WhatsApp.
Voluntários – Os interessados precisam preencher o formulário e encaminhar cópia do RG para formalização. Veja o guia de orientações para voluntários com mais informações para participar como leitor, mediador, angariador de casas de acolhimento ou doador de livros e equipamentos.
Dúvidas – Envie uma mensagem para leituraamiga@tjsp.jus.br

The post Projeto conecta crianças e adolescentes em situação de acolhimento à literatura appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Curso do Judiciário inclui capacitação para repactuar dívidas de superendividados
05 de junho de 2023
Profissionais da Justiça que atuam com métodos consensuais de resolução de conflitos em nove estados brasileiros...
Portal CNJ
Orçamento do Judiciário: gestores discutem desafios e apresentam boas práticas
05 de junho de 2023
“Quando pensamos em uma melhora de gestão orçamentária pensamos em fazer mais – preferencialmente com...
Anoreg RS
Revista de Direito Imobiliário inicia chamada de artigos para edição do 2º semestre de 2023
05 de junho de 2023
Os trabalhos poderão ser enviados até o dia 30 de julho de 2023.
Anoreg RS
Artigo – A herança digital e o direito sucessório: nuances da destinação patrimonial digital
05 de junho de 2023
Clique aqui e veja a íntegra do artigo.
Anoreg RS
Seminário do STJ sobre cidadania plural vai discutir identidade de gênero, protagonismo judicial e direitos humanos
05 de junho de 2023
No mesmo dia, será lançado o livro Translúcida, organizado pelo ministro Sebastião Reis Junior e dedicado, em...